Certamente, o texto de hoje cuida da importância em sensibilizar os professores para que mantenham um olhar atento e sensível em seu trabalho.
Através da reflexão proposta por Otto Lara Rezende, no texto “Ver vendo”, não só discutiremos a necessidade de re-enxergar cada interação dentro da escola, mas buscaremos criar uma prática pedagógica mais humana. Vamos lá?
A importância de sensibilizar a equipe de professores
No ritmo acelerado do dia a dia escolar, é fácil para professores bem como aos coordenadores perderem-se nas demandas pedagógicas diárias, deixando de lado a sensibilidade e a beleza da profissão, dando lugar ao automatismo. Com o intuito de sensibilizar, minha sugestão para hoje é trabalhar o texto junto a equipe antes de uma reunião ou deixar na sala dos professores pode fazer uma grande diferença.
Certamente, escolhi o texto “Ver vendo”, de Otto Lara Rezende, oferece uma reflexão profunda sobre como banalizamos o olhar e perdemos a sensibilidade diante do cotidiano.
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Sensibilize a equipe com o texto “Ver vendo”, de Otto Lara Rezende
De tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo o dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como ele era? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bicho. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que um adulto não vê. Têm olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe, e muito!!! Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por isso que se instala no coração o monstro da indiferença.
Conclusão
Por fim, trabalhar este texto para sensibilizar em reuniões e encorajar os professores a “verem vendo” é um convite à reflexão e à redescoberta da paixão pelo ensino. Afinal, refletindo sobre as palavras do texto, podemos resgatar a curiosidade e a sensibilidade necessárias para um olhar renovado sobre a nossa prática pedagógica.
Se precisar de mais apoio, conheça meu material para coordenadores pedagógicos
Nesse sentido, desejo que este texto seja uma fonte de inspiração e transformação para coordenadoras e professores, lembrando-nos sempre da importância de “ver com olhos sensíveis e corações abertos.
Com amor,
Professora Mariana Tombolato
Referência:
ZIPPEL, K. Ver vendo. Disponível aqui.
Amei o conteúdo, vou acessar sempre, obrigada.
Obrigada, Denise! Fico lisonjeada 🙂
Mas que texto incrível vou usar na abertura da oficina de Formação com a equipe da Associação Viver em Famílias, que terá como tema A Aprendizagem.
Obrigada
Deise R Sartori
Oi, Deise
Tudo bem?
Que legal! Se puder voltar para contar como foi, vou adorar saber!
Boa formação!