Às vezes, a rotina da coordenação pedagógica nos envolve de tal maneira, com suas demandas urgentes, reuniões, planejamentos e o apoio constante a professores e alunos, que quase nos esquecemos do alcance que nossas palavras e partilhas podem ter. Foi em um dia assim, imersa nesse fluxo cotidiano, que uma mensagem inesperada iluminou minha tela e aqueceu meu coração de uma forma muito especial.
A coordenadora Rafaela Almeida, nossa colega de profissão que acompanha meu trabalho aqui pelo site do Sala da Coordenadora e também pelo Instagram, entrou em contato. A mensagem dela não era apenas um “olá”, mas um convite para compartilhar algo que havia tocado profundamente sua prática.
Ela havia utilizado um texto de minha autoria, o “Ser coordenadora é ser ponte”, isto é, como ponto de partida para um momento de acolhimento e reflexão com sua equipe de coordenadores pedagógicos da sua rede de ensino durante um encontro formativo.
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Em seguida, ao receber as fotos que a Coordenadora Rafaela generosamente me enviou, mostrando o cuidado, a intencionalidade e a beleza daquele momento preparado para os coordenadores da sua rede, confesso que a emoção tomou conta.
Nesse meio tempo, ver o texto ali, impresso, talvez lido em voz alta, servindo como catalisador para o diálogo e a conexão entre a equipe… foi um presente. Não era apenas sobre o texto em si, mas sobre o que ele representava: a validação de que as reflexões que compartilhamos aqui, nesse nosso espaço de troca, realmente encontram ressonância no dia a dia de outras coordenadoras.
Texto: Ser coordenadora é ser ponte
Ser Coordenadora é ser ponte
É sustentar passagens.
É ouvir, orientar, mediar.
É trabalhar por todos.
Mesmo quando quase ninguém vê.
Você é ponte
E pontes sustentam travessias que mudam histórias, de professores e alunos
Ser ponte é unir, não se anular.
É sustentar com firmeza, sem permitir que te pisem.
É facilitar caminhos, não carregar os outros nas costas.
Na coordenação, precisamos construir relações, mas com respeito.
Somos apoio, não trampolim.
Somos base, não degrau.
Que a gente aprenda a ser ponte.
Com limites e propósito.
Mariana Tombolato
Em um mundo digital frequentemente focado em métricas, curtidas e alcances numéricos, esse tipo de retorno é um bálsamo para mim. Ou seja, saber que este texto, palavras escritas em momentos de introspecção estão florescendo em escolas reais, nos corredores, nas salas de professores, nos cafés pedagógicos, nas reuniões que definem os rumos da educação… Isso para mim não tem preço. É a confirmação de que estamos construindo algo maior juntas, uma rede invisível de apoio e inspiração que nos fortalece em nossa jornada.
Por fim, meu muito obrigada à Rafaela, por me permitir compartilhar esse momento tão bonito e inspirador. E igualmente, meu agradecimento a cada uma de vocês, coordenadoras e educadoras, que acompanham o Sala, que utilizam os materiais, que comentam, que compartilham suas próprias vivências. Vocês são a razão pela qual este espaço existe.
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E você? Já viveu alguma experiência parecida? Como a metáfora da ponte ressoa em sua prática diária? Compartilhe suas reflexões nos comentários abaixo! Adoraria saber como essas sementinhas estão florescendo por aí e como podemos continuar construindo, juntas, pontes cada vez mais sólidas e significativas na educação.
